segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Uma Historia de Amor (ponto final)
Ontem fui ver o Brokeback Mountain, o filme de que todos falam. Todas as palavras serão poucas para descrever o quanto arrebatador é o filme. Sai de lá sem respirar, aliás tive medo - quando começa a ficha técnica- de interromper aquele silêncio, aquela dor, aquele amor.
Em primeiro lugar, gostava de defraudar muitas expectativas: não é de todo um filme gay. Não é mesmo.
É uma história de um amor impossível, de uma vida desperdiçada ( curiosamente ao chegar a casa dei por mim a ver o fim de As Pontes de Madison County, outra história de vida não vivida, de amor impossível. Há coincidências!).
Voltando às montanhas. Não há ali nada a mais, tudo está na medida certa, cada cacetada que levamos na cabeça é com a força certa para nos deixar atordoados.
As interpretações são como todas deveriam ser: enxutas. Incríveis na forma como dão a dimensão necessária para que cada um naquela história se torne igual a cada um de nós, espectadores. E isso acontece vezes sem conta.
Ang Lee não cai nos clichés, não cai em estereótipos, não cai em lamechices, não exagera uma única vez. Tudo o que está ali, tem de estar ali.
Confesso que ainda não estou em mim, ainda não consegui distanciar-me o suficiente daquela história para sobre ela escrever algo que não seja imparcial.
Esqueçam as catalogações, as piadas, as manifestações exarcebadas pró e contra ( ops, este post é muito a favor..eh eh eh) e vão ver Brokeback Mountain. Não se arrependerão.
Afinal, todos gostamos de uma boa e bem contada história de amor, não é?
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19 comentários:
Bem, dá para sentir a emoção e a satisfação no teu post.
Eu acho que é esse lado de história de amor que tem cativado todos, a mim tb. E bem contada.
:)
:) Acho que podia dizer mais, acho que disse o suficiente. É um filme do c*****. :)
Não cai em clichets?? Oh homem... tu viste o mesmo filme que eu?
não cai em estereótipos?? oh rapaz...
Não cai, eu acho que não cai. parece que vai cair e não cai. :) Poderia ter facilmente caído em clichés que não caiu, não achei que houvesse ali nada de exagerado no que respeita à gayness. Eu não vi. Acho que conta muito bem a história daqueles dois homens sem cair em floreios exagerados. Lamento, Senhor joaquim, não ter visto os mesmo clichés do que tu! :) Ou não os ter visto como tu! :)
Eu tb não acho que caia em esteriótipos?
E o "cliché" é relativo... O final ambíguo prova isso mesmo.
Há uma coisa que gostava de esclarecer, eu não disse que não era um filme gay porque ache que é um filme hetero. Acho que apenas um filme sobre amar alguém e não aproveitar isso. E este sentimento de amor/desperdício é assexual. E é isso que faz falta à nossa sociedade, respeitar o amor entre dois homens e vê-lo como ele é: igual ao amor entre um homem e uma mulher.
Espero que ao não cair em alguns exageros (eu sei, Joaquim, eu sei) no que toca à homossexualidade, BM consiga umas centenas de milhares de mentes mais abertas. É pedir muito? Talvez, mas se é para pedir que seja em grande.
Gomson, meu amor lindo, me pediste pra ver esse post, eu vim ver, vi que amaste o filme de coração, e como previ, isso poderia acontecer.
Como sabes sou hetero, bem hetero heheeh, mas fui ver o filme esperando outra coisa, pensei que ia ver uma historia linda do amor gay, algo que de uma vez por todas tirassem algumas correntes e destapasse os olhos da sociedade, inclusive os meus. Mas saí da sala de cinema arrasada, triste e como te falei, não vi nenhuma cena de amor. Só um tesão que nasceu do nada e que perseguiu a vida dos caras (que estão muito bem como atores) e destruiu a felicidade de ambos. Um morreu infeliz, o outro se lascou sozinho, enfim, achei uma merda ehehehehhehe.
Se tu não gostares desse post, apaga que eu não vou ficar braba. Tu sabes que eu escrevo mal pra cdaramba e percebo pouco desse universo, mas a unica coisa boa do filme foi a pipoca com manteiga derretida que comi. E viva o Philip Seymour Hoffman!
Ah, fui te ver em Johnnie & June. Achei o filme excelente, e tu estás muito bem no filme, corres o risco de ter um oscar de melhor ator.
Te amo Kim Phoenix!
Tua amiga Gi
Não deixa teus amigos me xingarem não. Me protege.
TE AMO!!!
:)
Eca, um abraço. Eu não apaguei nenhum comentário teu. O único comentário que foi apagado era meu e pq estav repetido :) Bem-vindo Eça, ligaste-me ontem tinha o tele no silêncio. Ligo hoje.
Gi, meu amor. Dpois te explico o filme, amor!!! Ou será que tem de ser a vida? :))) Te amo tb muito. :))) Aqui ainda não estreei, é esta semana. Beijos enormes e Atlântescos
eca... que fixação tens tu na nádega esquerda...
me explica a vida, o filme não porque o filme é muito deprê, ganda seca ehehehehehhe
te amo!
bjs
Se já queria ver o filme, agora ainda mais.
Existe uma certa conotação das histórias de amor com o enjoativo, o cliché... mas isso não corresponde de todo à realidade... As excepções, que infelizmente não são tantas assim (como o tema em si), fazem tudo valer a pena. As Pontes de Madison County (filme que referiste) é um exemplo disso...
Espero gostar do filme como tu gostaste!
Posso adiantar também que está um filme no prelo que aborda a questão do amor impossivel entre gerações diferentes... ainda dentro da temática dos cowboys.
"Charles Cross & Billy the Kid"
Abraços
Zé
Eu gostei mesmo muito. O post foi escrito ainda entorpecido pelo filme, mas alguns dias passados mantenho o que disse. :)
Zé, espero que gostes. Volta para dar opinião e obrigado pela dica.
Abraço
Explica lá... como é que depois de tanto tempo a comer feijão, o tipo introduz o dito cujo com a ajuda de uma cuspidela e quando acabam ficam ali deitadinhos e nem sequer foi ao riberio limpar o marsápio... vá, explica!
Nelsito, se tu soubesses o que uma lata de feijões pode dar para falar durante um jantar de anos....
Um fartote.
Feijões? Fizeram um vestido com latas Uncle Ben's? :) eh eh eh
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