quinta-feira, setembro 18, 2008

Do Cabaret para o concerto.

O fim-de-semana passado foi passado entre o Cabaret no Maria Matos e o Sticky&Sweet no Parque da Bela Vista.
Em relação ao primeiro, devo dizer que no geral me agradou. Não gostei particularmente de algumas soluções cenográficas e não achei o momento do intervalo o mais adequado. No seu todo, o espectáculo cumpriu bem a sua função de entretenimento e nunca caiu em exageros nada amigos deste tipo de teatro.
A encenação de Diogo Infante é enxuta e boa, não senti que houvesse ali nada a mais. As adaptações das letras feitas por Ana Zannati não fazem mossa aos originais e permitem algum sing-a-long mental. Gostei muito do momeento havaino e da cama vertical.
A surpresa das surpresas, veio de Henrique Feist. Confesso que tinha algum receio que a escola-filipe-la-féria pudesse moldar o registo do actor, mas felizmente isso não aconteceu; o MC de Henrique Feist é o melhor que a peça tem e percebe-se que pode estar ali o papel da sua vida ( leitura minha, obviamente). O resto dos actores e bailarinos estão no ponto certo. Resumidamente, e para quem goste do género, aconselho uma ida ao Maria Matos que não causará arrependimentos.



Domingo foi tempo de romaria a Nossa Senhora do Parque.
Ao contrário da Re-Invention Tour, fiquei a metros e metros do palco e vi uma mini-madonna. Talvez por isso, embora tenha gostado não sai de lá em êxtase. Do sítio onde estava via todo o pallco e e ecrãs, mas no que a Madonna diz respeito tinha que vê-la nas imagens projectadas. Entendo que a rendibilidade deste concerto justificasse a escolha daquele local, mas um local com imensas árvores, altos e baixos nuca iria permitir que 75 mil pessoas tivessem todas a oportunidade de ficar descansados a ver o concerto. Deste ponto vista, o PBV poderá ser bom para um festival onde a circulação é maior e onde os milhares de espectadores não estão todos ali para o mesmo, mas é péssimo para um concerto em nome próprio.
Desabafos à parte, um concerto de Madonna é sempre um espectáculo ( substantivo). No entanto, em termos musicais há versões novas que não funcionam bem ( hung-up, ray of light). Ela, sem muito barulho à volta, nem sempre canta bem ( houve ali momentos mesmo maus). É sempre divertido assistir aos momentos IURD ( like a prayer, Miles away e outro que agora não me lembro) e há os momentos muito dispensáveis do You must love me e Spanish Lesson. E há o final que não funciona com o Give it to me, era preciso ali um hit bomba (volta Holiday que estás perdoado).
No geral, o concerto foi bom ( momento alto em Borderline, que eu adoro) Madonna é e será sempre Madonna.

1 comentário:

André disse...

Concordo!